terça-feira, 28 de agosto de 2012

Um pouco da história das Máquinas Fotográficas


     Na sequência das investigações que desenvolveu em 1822-1825, o francês Nicéphore Nièpce deu um passo crucial para a descoberta da fotografia, conseguindo revelar uma imagem anteriormente impressionada numa chapa de cobre inserida numa câmara escura. Mais tarde o seu sobrinho Nièpce de Saint-Victor aperfeiçoou as invenções do tio e tornou-se um notável fotógrafo, obtendo imagens de uma pureza inexcedível. Mas, para isso, utilizava aparelhagem que pesava quilos e tempos de exposição intermináveis

     150 anos depois as máquinas fotográficas são instrumentos práticos de manejo rápido e simples, dotados de tecnologia da era espacial. E o fotógrafo não precisa que o tema ou o modelo fiquem imóveis e tira instantâneos sob quaisquer condições de luz.
     Ao longo deste percurso adaptaram-se variadas inovações que deram origem a sucessivas gerações de máquinas fotográficas, tornando as mais antigas obsoletas. Idealizaram-se também muitos modelos, alguns com enorme sucesso, sobretudo entre as portáteis utilizadas por profissionais e amadores, como os “caixotes”, as “de fole”, as “reflex” e as do tipo “Leica” que hoje fazem as delícias dos colecionadores como Manuel Paula.
     Entre a mais de meia centena de peças da sua coleção, “começada com uma Agfa do meu avô”, encontram-se aparelhos que datam desde o final do século XIX até ao pós-guerra, todos em condições de funcionar. Este tipo de coleção “tornou-se quase uma moda e já não é tão fácil aumentar a coleção".




     “Para se fazer uma coleção como deve ser é preciso investigar e proceder a uma sistematização, que até dá prazer. Embora o melhor sejam as tertúlias que se criam entre os colecionadores do mesmo tema, pois, muitas vezes são pessoas com grandes afinidades culturais, apesar de todos reconhecerem que os outros são, simultaneamente, os melhores amigos, com quem se é franco, aberto e generoso, e os maiores inimigos, porque disputam as mesmas peças e se revelam todos os segredos pode perder-se um filão.”

Vemos nas fotos alguns dos exemplares mais “fotogênicos” da coleção de Manuel Paula, incluindo exemplares de madeira e metalizados, com e sem fole, desde modelos de bolso a modelos “de campo”, de origem francesa, americana, alemã e inglesa, fabricados nos fins do século XIX e princípios do século XX.


Referência

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